terça-feira, 6 de julho de 2010

JOVENS VIVEM CENAS DE ROMANCES CLÁSSICOS NO PALCO

Na última quarta-feira (23), no Teatro Ferreira Gullar, voltou ao palco o Grupo Teatral COC Imperatriz com o seu mais novo espetáculo: Eros – Faces do amor, com direção do ator e diretor Lucas Alves. O evento que possui vertentes educacionais, trouxe a cidade uma nova ótica sobre o que é fazer teatro e consigo enriquecimento cultural.

A nova peça trouxe ao palco paixões exibidas nas grandes literaturas, como Capitu e Bentinho de Machado de Assis, Romeu e Julieta de Willian Shakespeare entre outras. O espetáculo que conta com a participação dos alunos da escola em seu elenco, deixa bem claro que fazer teatro não é fácil. João Vitor Fonseca (16), estudante do 2º ano, que na peça interpreta o personagem Romeu, fala que fazer teatro é fundamental, pois além de melhorar a concentração, aprende-se sobre técnicas de interpretação e ajuda também a ampliar os conhecimentos de mundo.

Além do processo interpretativo, os atores tiveram aulas de canto, visto que a abordagem cênica envolvia o teatro-música. Daí um obstáculo vencido e que trouxe aos atores a descoberta de novas linhas músicais como MPB, pop rock e regionalista.

Lucas Alves, relata que algumas dificuldades foram encontradas durante a preparação do espetáculo: “A maior delas, foi a conciliação de tempo entre os atores, pois muitos desenvolvem vários trabalhos extra-classe e o tempo para agrupar todos foi realmente um problema. O que atrapalha também, é a imaturidade do sujeito não-ator, pois não consegue enxergar a complexidade do fazer teatro”.

O grupo obteve reconhecimento nacional no ano passado, no Festival Estudantil de Teatro (FETO), realizado na capital mineira (Belo Horizonte) com a peça “Brasil, Flores e Canções – Nossa história como você nunca viu” trazendo para a cidade o prêmio de melhor trilha sonora. Aos que prestigiaram ao evento, ficou satisfação de ver jovens falando do tema amor através de clássicos nacionais e internacionais. Sâmya Luana Nunes (27), que assistiu a apresentação, conta que o grupo estava em perfeita sintonia e que busca nesses espaços o que ela não encontra na vida real.

“Tem gente que nunca se vê, tem gente que nunca se ouviu, tem gente que nunca experimentou o amor” (...), e é com esta frase que se ressalta a importância de um grupo teatral imperatrizense manter vivo o hábito de ir ao teatro, prestigiar as várias formas de contar sobre temas simples ou complexos como o amor das literaturas.



Por Antonio Wagner, 06 de julho de 2010

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