quarta-feira, 30 de junho de 2010

A INSATISFAÇÃO DOS CAMELÔS DA CIDADE DE IMPERATRIZ-MA


O Camelódromo da cidade de Imperatriz-MA estabelecido na Rua Coriolano Milhomem atende há décadas o mercado informal da região Tocantina, onde tomaram toda a antiga Praça Tiradentes, por falta de espaço no trajeto da Avenida Getúlio Vargas, onde há o maior fluxo de possíveis clientes.

Os camelôs que lá trabalham, na sua maioria, não estão satisfeitos com a atual situação em todos os sentidos. O que eles vêm buscar neste local de trabalho é principalmente o lucro nas suas vendas, o que segundo eles não ocorre, pois alegam ficarem fora do percurso de seus possíveis compradores, em segundo lugar apontam a situação de risco, a falta de higiene, enfim o desconforto em geral no qual são obrigados a trabalhar, não tendo a dignidade que precisam ter.

“A proprietária de um dos estabelecimentos, Maria Rita, compara o local de trabalho a uma ‘estufa’; onde passam o dia todo trabalhando no calor, local abafado. Alega também que pessoas da classe média e principalmente a prefeitura podiam ajudar; para ter a melhoria para todos eles mesmos. Diz ainda que os vendedores permanecem em um local bastante desconfortável; passam o dia inteiro suados, transpirando; não há comodidade nem para o dono, e nem para o vendedor, afirmando ser culpa do prefeito. Diz que durante as eleições, aparece oferecendo ‘vantagem’, e que prometeu fazer um galpão como o de Fortaleza e Goiânia. Vanusa, vendedora de confecções, diz que eles, os camelôs, não tinham onde ficar de nenhuma maneira, quando falaram com autoridades da prefeitura e foi permitido que ficassem ali, na antiga Praça Tiradentes, apenas daquela forma, onde padronizaram estes espaços.”

Observa-se assim que este Camelódromo se encontra em uma situação muito difícil, onde os trabalhadores correm sérios riscos de perderem seus empregos e clientelas e até mesmo de contraírem alguma doença pela falta de higiene contida neste local, sem falar na constante falta de segurança, o que torna necessário uma boa comunicação entre o poder público e o mercado informal na cidade de Imperatriz-MA, e uma política pública eficiente e eficaz para que seja mudada, ou pelo menos amenizada a realidade deste setor carente de sobrevivência, como qualquer outro que compõe a nossa sociedade.


Por Millena M. de Oliveira

ÁLCOOL LIBERADO PARA MENORES EM FESTAS


Fest Car, muita musica eletrônica, DJ, som automotivo e pessoas de diferentes partes da região Tocantina. Alegria, diversão e azaração para os jovens, nas noites de domingo, no parque de exposições Lourenço Viera da Silva.
Porém nem tudo no Fest Car, assim como tantas festas realizadas em Imperatriz, são flores. Há consumo indevido de bebidas alcoólicas por menores de 18 anos, sem sequer uma fiscalização, como a solicitação do documento de identificação pelos vendedores, afinal o que realmente interessa, são os menores ou os lucros no final da festa?
Mas o que realmente atrai os jovens a esses eventos, com musicas, luzes e etc.?
“Mulher”, responde Ronney Silva, um jovem que se encontrava na festa. Mais esse não é o único motivo, para os menores, é como um lugar livre, longe dos pais, para namorar bastante, encontrar os amigos e principalmente consumir álcool à-vontade, e alguns casos, até drogas ilícitas como o Lança Perfume.
Observei que de fato havia vários jovens de 15 e 16 anos presentes no local, sempre com um copo de cerveja na mão, “Em todas as festas que eu toco [...] sempre existiu menores bebendo” revelou o Dj Japa presente na festa.
Era fácil a comercialização das bebidas a menores, simplesmente chegavam ao vendedor, pediam a bebida e em seguida pagavam pelo produto, não era exigido a identidade, nem um responsável presente no local. “Não, nunca fizeram isso, apesar de eu ser grande, tenho rosto de criança, mais nunca pediram aminha identidade”. Relatou Eduardo, um menor que estava comprando bebida.
Havia carência no local de viaturas ou autoridades a fim de impedir, confusões no local e o consumo de bebidas e drogas, há um certo descaso das autoridades competentes pelos jovens. “Tem só seguranças dentro da festa, que o dono da festa contrata, mais eles controlam somente a entrada [...], em termo de segurança estadual, eles não estão nem ai, se você quiser fazer uma festa, só tirar uma licença com eles, paga um valor x e pronto, se não for o caso de briga, e não chamarem a policia, eles não vem.” Afirmou Dj Japa.
Cadê a preocupação com os menores, não deve ser permitido esse fácil acesso à bebida. As autoridades e vendedores devem agir segundo a lei.

Por Thayse de Sousa Barros, 01 de julho de 2010