O Camelódromo da cidade de Imperatriz-MA estabelecido na Rua Coriolano Milhomem atende há décadas o mercado informal da região Tocantina, onde tomaram toda a antiga Praça Tiradentes, por falta de espaço no trajeto da Avenida Getúlio Vargas, onde há o maior fluxo de possíveis clientes.
Os camelôs que lá trabalham, na sua maioria, não estão satisfeitos com a atual situação em todos os sentidos. O que eles vêm buscar neste local de trabalho é principalmente o lucro nas suas vendas, o que segundo eles não ocorre, pois alegam ficarem fora do percurso de seus possíveis compradores, em segundo lugar apontam a situação de risco, a falta de higiene, enfim o desconforto em geral no qual são obrigados a trabalhar, não tendo a dignidade que precisam ter.
“A proprietária de um dos estabelecimentos, Maria Rita, compara o local de trabalho a uma ‘estufa’; onde passam o dia todo trabalhando no calor, local abafado. Alega também que pessoas da classe média e principalmente a prefeitura podiam ajudar; para ter a melhoria para todos eles mesmos. Diz ainda que os vendedores permanecem em um local bastante desconfortável; passam o dia inteiro suados, transpirando; não há comodidade nem para o dono, e nem para o vendedor, afirmando ser culpa do prefeito. Diz que durante as eleições, aparece oferecendo ‘vantagem’, e que prometeu fazer um galpão como o de Fortaleza e Goiânia. Vanusa, vendedora de confecções, diz que eles, os camelôs, não tinham onde ficar de nenhuma maneira, quando falaram com autoridades da prefeitura e foi permitido que ficassem ali, na antiga Praça Tiradentes, apenas daquela forma, onde padronizaram estes espaços.”
Observa-se assim que este Camelódromo se encontra em uma situação muito difícil, onde os trabalhadores correm sérios riscos de perderem seus empregos e clientelas e até mesmo de contraírem alguma doença pela falta de higiene contida neste local, sem falar na constante falta de segurança, o que torna necessário uma boa comunicação entre o poder público e o mercado informal na cidade de Imperatriz-MA, e uma política pública eficiente e eficaz para que seja mudada, ou pelo menos amenizada a realidade deste setor carente de sobrevivência, como qualquer outro que compõe a nossa sociedade.
Por Millena M. de Oliveira